Ao citar no despacho que “a atual classificação conferida ao filme Ted faz advertência sobre a presença de conteúdos sexuais, drogas e linguagem imprópria” e que “tais conteúdos têm impacto minimizado por contexto cômico, fantasioso e não correspondência com a realidade”, a Secretaria Nacional de Justiça, do Ministério da Justiça, dá um carão e uma lição de moral no deputado Protógenes Queiroz, do PC do B-SP
O carão: antes de ingressar em um filme, principalmente acompanhado por um filho de 11 anos, saiba, antes, a classificação e suas advertências. A lição de moral: passou o tempo em que um político tinha o poder de dizer o que nós, cidadãos, deveríamos conhecer ou não. Ficou há 40 anos no passado. Hoje, a justiça é independente.
Seria a mais pura prova de submissão da Justiça e da liberdade democrática o atendimento ao esdrúxulo pedido do político do PC do B. Com a manutenção da classificação 16 anos e o direito de qualquer pessoa com menos dessa idade entrar no cinema desde que acompanhado pelos pais ou responsáveis – este sim, um item questionável -, o deputado conseguiu apenas ser o garoto propaganda do ursinho Ted de Seth McFarlane, que teve um acréscimo de 35% em presença de público conforme o Ranking Brasil de Bilheteria da semana passada, e uma queda ínfima de 15% nesta.
O nosso país está mudando. O Supremo Tribunal Federal está condenando os mensaleiros do governo Lula e já não atende a “indignação” sem procedência de políticos que se julgam acima da lei e da democracia. Seria muito bom se isso fosse apenas o começo de uma nova era. Nós, brasileiros, merecemos essa esperança.
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